Cá em casa, a nossa bebé foi amamentada exclusivamente com leite materno até aos seis meses!
Quando engravidei e comecei a interessar-me pelo assunto, tornou-se clara para mim a importância da amamentação. Contudo, muitas das minhas amigas tinham deixado de amamentar ao fim de pouco tempo e eu ainda aceitava como natural que isto poderia acontecer-me (embora não o desejasse!). Não me passava pela cabeça que, com o tempo, com acesso a cada vez mais informação e com a vivência da experiência na primeira pessoa, algumas coisas mudariam no meu pensamento, fazendo-me dar ainda mais valor à amamentação.
Quem leu este meu texto, sabe que o início não foi fácil... Embora tenha conseguido manter as minhas convicções relativamente à não introdução de leite artificial (e mais uma vez tenho de partilhar a minha gratidão pela neonatologista que me ajudou!), deixei-me formatar no que toca aos horários para dar de mamar. Evitava dar de mamar se não tivesse decorrido um intervalo de pelo menos duas horas (mas a verdade também é que estava a ser tão doloroso que não sei se o poderia ter feito de outra maneira, mesmo sabendo o que sei hoje...) e cheguei a usar uma aplicação do telemóvel para monitorizar a duração e os intervalos entre as mamadas.
Gradualmente fui me desligando deste tipo de controlo e passei a dar de mamar sem olhar o relógio.
Se nós adultos não comemos exatamente às mesmas horas, nem a mesma quantidade em todas as refeições, e nem sempre sentimos fome ao fim do mesmo espaço de tempo, porque é que achamos que os bebés (que ainda se estão a adaptar a tudo) devem funcionar com tanta regularidade? Não faz muito sentido, pois não? Por esse motivo, o fator tempo desapareceu e bebé passou a mamar totalmente em livre demanda...
No começo, estava bem ciente da importância da amamentação para a saúde física do bebé e tinha uma ténue ideia de que também contribuiria positivamente para o seu bem estar psicológico, fortalecendo o vínculo afetivo com a mãe... Como referi, esta era uma ideia ténue, à qual não tinha dado especial atenção. Para mim, a função primordial da amamentação era alimentar, fornecendo ao bebé todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento, mas também importantes anticorpos, que não estariam presentes no leite artificial. E era por isso que queria dar de mamar! Sou uma pessoa naturalmente afetuosa, gosto de mimar os que me rodeiam e achei que, tendo em conta estas minhas características, não era por dar de mamar que seria mais carinhosa com a minha bebé.
Mas volvidos estes seis meses, dar de mamar passou a ter uma dimensão muito mais abrangente do que a de simplesmente alimentar. Alimenta o corpo sim, mas talvez tão ou mais importante seja a forma com alimenta a alma! Minha e da bebé!
Se, de início, ela mamava de olhos fechados ou fixando o vazio, e já assim era tão prazeroso observá-la, mais especial se tornou, quando passou a procurar o meu olhar e a parar nele com amor. Um amor tão puro e doce!... Um amor que eu não conhecia e que até hoje só encontrei na inocência do seu olhar!
Se inicialmente ela abocanhava a minha mama instintiva e desajeitadamente, e já assim me deliciava ao vê-la, mais derretida fiquei, no dia em que conscientemente estendeu a sua mão para me tocar no rosto. Também este foi um toque desengonçado, de quem ainda está a aprender controlar os movimentos, mas carregado de uma ternura que não existe em mais nenhumas mãos!
Rendo-me aos seus encantos, nos dias em que dar de mamar se torna uma brincadeira, quando decide abocanhar e largar a mama, com intervalos de sorrisos e olhar maroto!...
Sirvo-lhe de consolo, nos momentos em que não se sente bem, quando só a minha maminha consegue acalmar-lhe o choro ou o mal-estar, e tranquilizá-la até adormecer...
E já que falo nisso, haverá melhor maneira de entrar num sono tranquilo?...
O facto de ter amamentado exclusivamente até agora, tem-nos proporcionado, a mim e à bebé, momentos únicos de união e partilha, que não teriam sido iguais noutros momentos do dia-a-dia...
Por tudo isto (e pelo que ainda vou descobrir!), continuarei a amamentar. Já não de forma exclusiva, porque a nossa bebé entrou numa nova etapa da sua vida, mas mantendo em mente que, até completar um ano, o leite materno deve continuar a ser o seu alimento principal!
Mas volvidos estes seis meses, dar de mamar passou a ter uma dimensão muito mais abrangente do que a de simplesmente alimentar. Alimenta o corpo sim, mas talvez tão ou mais importante seja a forma com alimenta a alma! Minha e da bebé!
Se, de início, ela mamava de olhos fechados ou fixando o vazio, e já assim era tão prazeroso observá-la, mais especial se tornou, quando passou a procurar o meu olhar e a parar nele com amor. Um amor tão puro e doce!... Um amor que eu não conhecia e que até hoje só encontrei na inocência do seu olhar!
Se inicialmente ela abocanhava a minha mama instintiva e desajeitadamente, e já assim me deliciava ao vê-la, mais derretida fiquei, no dia em que conscientemente estendeu a sua mão para me tocar no rosto. Também este foi um toque desengonçado, de quem ainda está a aprender controlar os movimentos, mas carregado de uma ternura que não existe em mais nenhumas mãos!
Rendo-me aos seus encantos, nos dias em que dar de mamar se torna uma brincadeira, quando decide abocanhar e largar a mama, com intervalos de sorrisos e olhar maroto!...
Sirvo-lhe de consolo, nos momentos em que não se sente bem, quando só a minha maminha consegue acalmar-lhe o choro ou o mal-estar, e tranquilizá-la até adormecer...
E já que falo nisso, haverá melhor maneira de entrar num sono tranquilo?...
O facto de ter amamentado exclusivamente até agora, tem-nos proporcionado, a mim e à bebé, momentos únicos de união e partilha, que não teriam sido iguais noutros momentos do dia-a-dia...
Por tudo isto (e pelo que ainda vou descobrir!), continuarei a amamentar. Já não de forma exclusiva, porque a nossa bebé entrou numa nova etapa da sua vida, mas mantendo em mente que, até completar um ano, o leite materno deve continuar a ser o seu alimento principal!
Amamentei a minha filha (mais nova) até aos dois anos e meio. Foi até ela se desinteressar. Servia-lhe de consolo, para matar as saudades, para se sentir segura. Era a sua chucha :) Ainda hoje, quase um ano depois, lhe sinto a falta.
ResponderEliminarTambém gostava que o desmame acontecesse de forma natural... E que ainda falte muito tempo até isso acontecer! :)
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