Cá em casa, a bebé usa chucha!
Antes mesmo de nascer, já tinha três chuchas, oferecidas por pessoas amigas.
Na altura, eu não tinha qualquer ideia concebida em relação ao facto de querer ou não que a minha bebé usasse chupeta, não tinha sequer pensado no assunto! Estavam guardadas num armário, à espera de serem necessárias. Como tinha a ideia que se isso acontecesse seria bem mais lá para a frente e que nos primeiros tempos o seu uso podia comprometer a amamentação, nem me passou pela cabeça levá-la para a maternidade, como já ouvi alguns relatos... Ainda bem!
Contudo, logo nos primeiros dias passados em casa, nos momentos em que a bebé chorava e fazia movimentos com a boca, comecei a ouvir conselhos, especialmente vindos das avós, para lhe dar chucha. Comecei por negar, convicta de que isso iria ter repercussões na forma como a bebé fazia a pega da mama, algo que ainda estava em processo de aprendizagem.
Para me sentir mais segura na minha escolha, comecei a fazer pesquisas e dei por mim a pensar que não fazia qualquer sentido usar este objeto! Embora inicialmente não tivesse nada contra chupetas, depois de ler e refletir, concluí que eram algo completamente antinatural oferecido pelos adultos às crianças! Muitas delas, no princípio, nem gostam e recusam-nas, sendo necessária alguma insistência para que as aceitem... Isto tudo para que, uns anos mais tarde quando já desenvolveram um sentimento de habituação relativamente à mesma, esses mesmos adultos andem em conflito com elas para as convencerem que não devem mais chuchar.
Ora, eu não queria ser responsável pela criação do primeiro vício da minha filha!
Só que mesmo depois de mamar, ela procurava o consolo da mama. E eu não lho podia dar, por ter os mamilos feridos... Nessa altura só pedia "Intervalos maiores, por favor!"...
Os avós (sim, já não eram só as avós!) insistiam na chucha. Recebemos a visita domiciliar de uma enfermeira do hospital, responsável pelo acompanhamento pós-parto, que também o sugeriu. Uma amiga nossa, enfermeira neonatologista, quando veio cá a casa, acalmou facilmente a bebé, oferecendo-lhe o seu dedo para que chuchasse e também sugeriu o uso de chupeta. Enfim...
O pai foi o primeiro a ficar convencido. E eu acabei por ceder.
Importa referir que isso só aconteceu quando senti que a bebé já fazia uma pega correta e de forma automática.
A bebé aceitou logo a chucha e, de facto, verifiquei a sua utilidade no processo de a acalmar.
Mas aqui passámos a ter um novo problema, que no meu processo de aceitação da chupeta (é claro que não foi imediato!) ainda usei como argumento contra: sempre que a deixava cair da boca (e isso acontecia muitas vezes!), chorava e um de nós tinha de ir lá colocá-la novamente. Acho que aqui o pai vacilou e chegou a questionar se não teria sido melhor fazer o que eu dizia...
Entretanto, rendi-me completamente e deixei de ver a chucha como um "bicho mau". Embora seja algo artificial, dá imenso jeito. Durante ainda bastante tempo, a bebé não conseguia levar as mãos à boca e com a chucha a sua necessidade de sucção foi sendo satisfeita. Agora que já vai conseguindo fazê-lo, é ela própria quem muitas vezes cospe a chucha e procura os dedos.
É interessante que não vejo (por agora e espero que no futuro) que a chucha seja para ela um vício. Há dias em que adormece com chucha, outros que a cospe, outros que nem chego a dar-lha. Tem momentos em que acalma o choro usando-a, outros em que não serve de nada. Há situações em que procura pôr as mãos na boca, outras vezes não as quer mesmo que a ajude a alcançá-las...
Ontem, fomos almoçar fora. A meio da refeição, ela franziu o sobrolho com "cara de poucos amigos" e ameaçou chorar. O pai esboçou imediatamente um esgar de pânico: "A chucha? Não trouxemos a chucha?! É melhor ir ao carro ver se está lá alguma!!"
Parece-me que, por agora, o vício é mais nosso, adultos!
Se me questiono ainda em relação ao uso da chucha? Pouco, mas ainda acontece...
O que penso nessas alturas é se, no seu lugar, nos momentos de desconforto da bebé, deveria oferece-lhe maminha. Porque isso seria o que é natural, que seria feito pelas mulheres antes da invenção das chupetas...
Mas depois tento vivenciar as coisas de uma forma mais prática e adaptada à minha realidade atual. O natural seria andarmos todos a pé e contudo já ninguém dispensa o carro, a bicicleta, o avião e afins! Isto só para dar um de ínfimos exemplos...
Há alturas em que obviamente (e ainda bem!) nada substitui o conforto da maminha. Mas passei a aceitar a chupeta como uma aliada, pois só ganho "macaquinhos no sótão" ao tê-la como uma inimiga!
O que penso nessas alturas é se, no seu lugar, nos momentos de desconforto da bebé, deveria oferece-lhe maminha. Porque isso seria o que é natural, que seria feito pelas mulheres antes da invenção das chupetas...
Mas depois tento vivenciar as coisas de uma forma mais prática e adaptada à minha realidade atual. O natural seria andarmos todos a pé e contudo já ninguém dispensa o carro, a bicicleta, o avião e afins! Isto só para dar um de ínfimos exemplos...
Há alturas em que obviamente (e ainda bem!) nada substitui o conforto da maminha. Mas passei a aceitar a chupeta como uma aliada, pois só ganho "macaquinhos no sótão" ao tê-la como uma inimiga!
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