sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Móvel temático - Outono

Cá em casa, tivemos um móvel dedicado ao Outono.
Na semana passada, acabei por trocar o seu conteúdo por materiais de artes plásticas, sendo esse o móvel que temos atualmente, mas só hoje tive oportunidade de publicar. E como, na verdade, só agora o Outono começa a mostrar-se realmente, espero que esta publicação possa ser útil a quem desejar seguir algumas ideias.
Para além da questão inicial que me levou a criar o móvel temático e que se prendia com o desejo de que a nossa filha se interessasse mais por brincar, libertando-me um pouco mais quando tenho menos disponibilidade, começo a sentir que gosto de o usar também por outro motivo. Como a nossa filha não frequenta a creche, estando por agora comigo e com o irmão em casa, parece-me importante dar-lhe a oportunidade de explorar diferentes materiais e jogos. E esta é uma forma de o fazer, sem estar a impor nada. Tendo os materiais à disposição, ela escolhe se os quer ou não o usar.

O que tivemos neste móvel?


Caixa de tesouros da Natureza


Esta foi, sem dúvida, a proposta de exploração do móvel de Outono que ela mais gostou!
Apanhei algumas folhas, bolotas e outros frutos secos, e juntei-lhes uma lupa. 
Fiquei surpreendida, pois pegou nela e muito contente disse: "É uma lupa!". "Mas como é que sabes o que é uma lupa?", perguntei eu, surpresa. ""Vi no Ruca!". Ah! Não gosto (nem permito) que veja muita televisão, mas tenho de admitir que, se usada de forma moderada e selecionando o tipo de conteúdos, pode também ser bastante didática.
Esta caixa proporcionou entretenimento por muito tempo, pois a nossa menina não só observou os seus tesouros ao longo de vários dias (constatando, por exemplo, que os frutos iam ficando mais escuros e secos), como usou a lupa para explorar outros objetos cá de casa. Para além disso, quis apanhar várias vezes outras bolotas e folhas que via no chão, quando estávamos na rua.


Puzzle de abóboras


Encontrei este puzzle em School Time Snippets. São várias abóboras cortadas ao meio, que devem ser agrupadas aos pares, tendo em conta as formas geométricas ou os desenhos que as compõem.
De início, a nossa filhota não mostrou muito interesse pelo jogo e pensei que fosse muito complexo para a sua idade, mas disponibilizei-me a jogar com ela e fiquei surpreendida com o facto de conseguir emparelhar a maior parte dos cartões.
Entretanto revelou gostar bastante dele, mas preferindo jogar comigo. 
E, em jeito de brincadeira, fomos identificando as formas geométricas. Não quero que fixe nada, apenas que se vá habituando às denominações... Tal como "coração" ou "estrela", "triângulo" e "círculo" são vocabulário que pode ir escutando e aprendendo a usar de forma espontânea e em contexto.


Imagens para carimbar ponto a ponto


Retirei estas imagens com frutos e folhas de Outono de The Resourceful Mama.
Já tinha cá em casa umas canetas carimbo, que coloquei no tabuleiro.
Pensei que  ela iria gostar muito desta atividade, pois habitualmente gosta muito de usar carimbos, mas depois de preencher a primeira folha não mostrou grande interesse em carimbar as outras. Não é fácil conseguir que a imagem fique bem carimbada, devido à qualidade das canetas, e creio que tal pode ter tido influência na sua desmotivação.


Jogo de correspondência entre folhas e sua sombra


Para criar este jogo, consultei o Guia Ilustrado das 25 Árvores de Lisboa, com o intuito de escolher seis árvores de folha caduca, que seja habitual vermos.
Depois, procurei imagens das folhas destas árvores, copiei-as para um documento word e imprimi-o a cores. Recortei as folhas e plastifiquei-as, criando assim as peças do jogo.
Para fazer a base do mesmo, transformei as imagens do documento word, mudando a sua cor para preto e branco, e escrevi junto delas o nome das árvores a que pertenciam. Imprimi e plastifiquei a folha A4.
Após jogar uma vez, creio que achou o jogo demasiado fácil e só voltou a procurá-lo se incentivada por mim, fazendo a correspondência entre folhas e sombra rapidamente e sem qualquer dificuldade. Talvez pudesse ter tornado o jogo mais desafiante se criasse um tabuleiro A3, com o dobro das folhas.


Jogo dos pares


Este foi o primeiro jogo social jogado pela nossa filha. Encontrei-o em Life Over C's.
Conseguiu interiorizar que as jogadas se fazem por turnos, sendo capaz de esperar pela sua vez quando o outro está a virar as cartas. Percebeu facilmente o objetivo de encontrar pares, revelando uma excelente memória relativamente ao local onde as cartas se encontram.
Como se mostrou tão interessada por este jogo, aproveitei para lhe oferecer um semelhante, com peças de madeira, que já tinha comprado há algum tempo, mas que se encontrava guardado à espera do momento certo. Tem mais peças e é por isso  mais complexo. Ela adora!


Frutos de Outono para cortar e colar

Tendo iniciado a aprendizagem do uso da tesoura e da cola há muito pouco tempo, estes objetos não poderiam ter deixado de estar presentes neste móvel. 
Foi assim uma atividade pela qual revelou muito gosto!
Quando já não havia mais frutos de Outono para cortar, entreteve-se a cortar outros papéis que foi encontrando. Quando já não encontrou mais papéis, lembrou-se de cortar pincéis! Ficámos com uns quantos estragados e pelos pequeninos por toda a parte! Mas, vá lá, não se lembrou de cortar cabelos ou roupa!... por enquanto...


 Jogo de alinhavo


Para fazer este jogo, apanhei duas folhas secas, que plastifiquei e posteriormente furei com um furador. Numa das pontas das lãs, colei fita cola, de modo a torná-las mais firmes e facilitar a passagem pelos buracos.
Embora tenha conseguido com facilidade fazer a lã passar pelos buracos, pois tem boa destreza manual para a sua idade, revelou alguma dificuldade em saber qual o buraco onde deveria inserir o fio. Precisou por isso do meu apoio.
Depois de ter passado a lã a toda a volta, quer numa folha quer na outra, ficou satisfeita com os seus colares de folhas e não quis mais desmanchá-los para repetir a tarefa.


No móvel, coloquei ainda dois livros, cujas histórias se passam no Outono: O senhor mago e a folhaO esquilo cinzento, um clássico de Gilbert Delahaye. Como ela adora livros e histórias, já lhos li, reli e espero continuar a reler.

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