Cá em casa, a mana mais velha está farta que toda a gente lhe fale do irmão!
E eu decidi escrever este texto apenas como forma de alerta, pois certamente não é ela a única nesta situação. Haverá por esse mundo muitos "manos mais velhos" a sofrer do mesmo mal! Os responsáveis? Nós, adultos, que inconscientemente e provavelmente por desejarmos que haja uma boa aceitação do bebé por parte da criança, nos pomos todos com o mesmo tipo de conversa. Nas primeiras vezes a criança ainda responde entusiasmada, nas vezes seguintes já mostra alguma saturação, e ao fim de um tempo tem atitudes desadequadas como virar a cara, fazer expressão zangada ou grunhir! Pelo menos, foi o que aconteceu com a minha filha!
Não pensem que ela não está a aceitar bem o irmão. É super protetora, ternurenta e atenciosa com ele... E se alguém mete conversa com ela, mas não repara nele, é bem possível que pergunte: "Tu já viste o meu mano?". Mas nessa situação é ela que o quer mostrar. Não é algo que é impingido à força na conversa!
"Gostas do mano?" Que pergunta... É claro que gosta!
"Posso levar o mano para casa?" Que absurdo! Ela sabe que o bebé precisa dos pais e que estes não deixarão ninguém levá-lo para onde quer que seja. Ainda assim, consegue irritar-se com esta pergunta e responder "NÃO!" com cara de pouco amigos.
"O mano porta-se bem?" Ela ainda nem tem bem construído o conceito de comportar-se bem em relação a si, quanto mais em relação ao mano! Ele dorme, mama e chora... Estará a portar-se bem? Eu própria me questiono, como é que um bebé de um mês se comporta mal?!
"Ajudas a mamã a tratar do mano?" Sim, ajuda, e gosta muito...
Mas também gosta que lhe perguntem: "Tens ido ao parque?", "Quais são os teus desenhos animados favoritos?", "Como se chamam os teus amigos?", "Este ano vais para a natação?", "Gostas de livros?"... E isto só para dar alguns exemplos do que se pode perguntar a uma criança sobre... ela própria!
No outro dia, fui com os meus filhos ao mini mercado da avó. Quase toda a gente que lá vai conhece bem a minha filha, pois a avó tem tomado conta dela quando estou a trabalhar. Inevitavelmente toda a gente quis ver o bebé e toda a gente ficou contente por a rever, mas as conversas não fugiram muito dos exemplos que dei acima, com as reações menos simpáticas por parte dela que também já descrevi.
No caminho para casa, diz-me: "Tou dandada!", isto é, "Estou zangada!".
"Estás zangada com quem?", pergunto eu.
"Com as pessoas..."
No seu discurso ainda pouco claro, explica-me que queria falar do seu recente interesse pela dança à última senhora que se meteu com ela. Esta colocou-lhe questões acerca do irmão sem perceber que ela não estava a responder-lhe mas a querer falar de outro assunto.
E foi nesse instante que me consciencializei do que a minha filha andava a sentir.
"Estás zangada com as pessoas porque só te falam do mano e tu querias falar sobre as tuas coisas. É isso?", continuei, tentando ajudá-la a clarificar os seus próprios sentimentos.
"Sim."
Simples. E no entanto, nem sempre óbvio...
E eu decidi escrever este texto apenas como forma de alerta, pois certamente não é ela a única nesta situação. Haverá por esse mundo muitos "manos mais velhos" a sofrer do mesmo mal! Os responsáveis? Nós, adultos, que inconscientemente e provavelmente por desejarmos que haja uma boa aceitação do bebé por parte da criança, nos pomos todos com o mesmo tipo de conversa. Nas primeiras vezes a criança ainda responde entusiasmada, nas vezes seguintes já mostra alguma saturação, e ao fim de um tempo tem atitudes desadequadas como virar a cara, fazer expressão zangada ou grunhir! Pelo menos, foi o que aconteceu com a minha filha!
Não pensem que ela não está a aceitar bem o irmão. É super protetora, ternurenta e atenciosa com ele... E se alguém mete conversa com ela, mas não repara nele, é bem possível que pergunte: "Tu já viste o meu mano?". Mas nessa situação é ela que o quer mostrar. Não é algo que é impingido à força na conversa!
"Gostas do mano?" Que pergunta... É claro que gosta!
"Posso levar o mano para casa?" Que absurdo! Ela sabe que o bebé precisa dos pais e que estes não deixarão ninguém levá-lo para onde quer que seja. Ainda assim, consegue irritar-se com esta pergunta e responder "NÃO!" com cara de pouco amigos.
"O mano porta-se bem?" Ela ainda nem tem bem construído o conceito de comportar-se bem em relação a si, quanto mais em relação ao mano! Ele dorme, mama e chora... Estará a portar-se bem? Eu própria me questiono, como é que um bebé de um mês se comporta mal?!
"Ajudas a mamã a tratar do mano?" Sim, ajuda, e gosta muito...
Mas também gosta que lhe perguntem: "Tens ido ao parque?", "Quais são os teus desenhos animados favoritos?", "Como se chamam os teus amigos?", "Este ano vais para a natação?", "Gostas de livros?"... E isto só para dar alguns exemplos do que se pode perguntar a uma criança sobre... ela própria!
No outro dia, fui com os meus filhos ao mini mercado da avó. Quase toda a gente que lá vai conhece bem a minha filha, pois a avó tem tomado conta dela quando estou a trabalhar. Inevitavelmente toda a gente quis ver o bebé e toda a gente ficou contente por a rever, mas as conversas não fugiram muito dos exemplos que dei acima, com as reações menos simpáticas por parte dela que também já descrevi.
No caminho para casa, diz-me: "Tou dandada!", isto é, "Estou zangada!".
"Estás zangada com quem?", pergunto eu.
"Com as pessoas..."
No seu discurso ainda pouco claro, explica-me que queria falar do seu recente interesse pela dança à última senhora que se meteu com ela. Esta colocou-lhe questões acerca do irmão sem perceber que ela não estava a responder-lhe mas a querer falar de outro assunto.
E foi nesse instante que me consciencializei do que a minha filha andava a sentir.
"Estás zangada com as pessoas porque só te falam do mano e tu querias falar sobre as tuas coisas. É isso?", continuei, tentando ajudá-la a clarificar os seus próprios sentimentos.
"Sim."
Simples. E no entanto, nem sempre óbvio...
...pois é! Temos tanta necessidade de unir que às vezes estragamos tudo! Sempre com as melhores intenções, sempre com muito afeto, sempre com muita atenção, sempre porque queremos o melhor para eles, esquecemo-nos do fundamental: respeitar os seus seres, respeitar o seu espaço! Eles serão sempre ligados! Eles são irmãos! ...e nós com a nossa sofreguidão de não errar, continuamos a errar! Valha-nos mães conscientes e atentas para nos passarem informações e lembretes para olharmos para nós e pensarmos! Obrigado!
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